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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

E no meio de tanta gente eu encontrei vocês...Bahiano e Gaúcho.



Depois de quase um mês tomei coragem para escrever. Adoro escrever e falar sobre minhas experiências, o problema é a objetividade que insiste em sair andando nessa hora ai os pensamentos tomam conta do momento e começa a luta por um texto compreensivo.

Àmeia-noite de uma quarta-feira um Aiesecer me liga, Kavijit, para me contar que tinha acabado de voltar do cinema com uma amiga e ela tinha levado um intercâmbista brasileiro junto. Levantei do sono na hora. "Please, give me his number". Eu já tava a um tempo querendo encontrar algum brasileiro em Chandigarh.

No dia seguinte liguei para José, Bahiano que o sotaque não engana. Conversamos um pouco e eu logo pedi para ficar na casa dele no final de semana. Tudo bem brasileiro é amigo, mas que folgada rss
Peguei o onibus em Patiala para Chandigarh. A viagem toda conversei com um colega ao lado, inglês fácil de entender (ufa), do outro lado estava o cobrador que não tem lugar fixo eles ficam andando no corredor e esse espertalhão no final da viagem ficava esticando a mão por debaixo da bolsa pra encostar em mim (segunda vez que isso acontece, a outra o vizinho escondeu a mão embaixo de uma blusa). O colega me colocou em um outro ônibus e cheguei no bairro de Mani Majra.
Segui a procurar pela casa dos brasileiros. No caminho encontro Gulnara(Russa) e Laura(Colombiana) alegres e contentes facilmente reconhecidas como estrangeiras. Elas estavam indo para o mesmo lugar, fomos juntas.
Na casa de José mora, um gaúcho o Denis, uma indonesa a Tya e uma indiana a Shivi. Decidimos fazer um churras, os meninos compraram frango, que pelo que eles descreveram foi morto na hora com uma facada dada por um menino de 10 anos, carne de cordeiro, pimentão recheado (eu que coloquei o recheio, mas ai esqueci de colocar sal e a Tya fez tudo de novo rs) e cebolas. Ficou muito bom.

No dia seguinte todos foram trabalhar, era segunda-feira e eu tinha feriado na escola. Acordei, o Denis com sua moto me deu carona até uma casa de câmbio, depois peguei um Tuk Tuk e fui para um museu. O motorista do Tuk Tuk falou que eu podia pagar o que quisesse, ai falei o valor mais baixo '10 rupees' eles ficou muito bravo e gritou para eu sair do carro, eu sai e deixei 20 rupees no banco, ele veio bufando atrás de mim cobrando 50. Depois de passar nervoso eu dei. Sai chorando, o museu tava fechado e eu tava assustada pelo acontecido com o motorista. Viu, eu precisava vir pra Índia. 

Logo em frente tinha um belo parque, Rose Garden. Que delícia. Andei entre as rosas, pessoas sentadas e caminhando. Um moço veio falar comigo, fiquei seca e falando grossa com ele "Ueh, estranho querendo ser amiguinho agora?". Depois de muito tempo eu cortando ele, paulistana nata, resolvi ficar um pouco mais tranquila com a presença dele. Sentamos em uma árvora, sempre com pessoas em volta, e fiquei lendo, falei que agora eu não queria mais conversar. Tomamos uma bebida, compramos, estava lacrada e depois de umas 2 horas juntos eu me encontrei com outro amigo da Aiesec para almoçar.

No almoço comi Dosa com o Gautam no setor 17, huuum. É uma massa, tipo crepe, gigaaante com batatas dentro e alguns molhos para colocar por cima. 
Rishab foi me buscar no restaurante e me levou para comprar frutas com ele e mais tarde me deixaria em um restaurante onde um Alemão estava comemorando o aniversário.

Cheguei no restaurante, tinham uns 15 intercâmbistas, todos arrumados e eu de chinelo com cara de quem estava dando uma volta no Guarujá. Sentei tranquila e pedi um dos pratos mais baratos, moh caro o lugar. José e Denis estavam lá também e no final da janta voltamos os 3 na moto, frio e eu no meio deles, foi bom me proteger.

Adorei conhecê-los. Fazem minhas idéias renovarem e me dão segurança de ter com quem contar. Como o Denis disse "Alguns amigos se unem pelos inimigos em comum, no caso, a sobrevivência". Depois que comecei a ir aos finais de semana ficar na casa deles, a minha vida social mudou, melhorou d+.

Bom...fica ai um final de semana para não deixar o blog tão parado.
Agora vou dormir, sentindo o cheiro de inceso que se chama Tortoise (minha nova arma na batalha contra os pernilongos). Estou na penúltima semana de aulas na escola. Encantada de ter cantado "One Love" com os alunos e ver o quanto eles curtiram. Falávamos sobre equanimidade.

"One love, one heart.
Let's get together and feel all right" (Bob Marley)

Se tantas diferenças, distância, e desigualdades nos separam, devemos achar a equanimidade no maior sentimento de todos, o AMOR, ele nos faz iguais!


Foreigners barbecue

Walking... "Educate ur child"

Rose Garden

Essa rosa é pro Bahiano

Melhor mercado de frutas da cidade

Amigo desconhecido do parque