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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Checar o preço/To check the price

Estou sem bicicleta. Vou comprar uma, pois gostei de tê-la como transporte em São Paulo.
Nos últimos tempos tento transformar meu lixo em algo útil, seguindo esse raciocinío acredito que alguém deixou de usar uma bicicleta para comprar uma nova, já que produtos novos estão sempre fresquinhos, como a temperatura chuviscosa de hoje, no mercado.
Fui até o Teixeira no final da Av. Nossa Senhora do Ó, antiga bicicletaria com bom atendimento. Perguntei se haviam bicicletas usadas para vender e com enorme compreensão ele iniciou a explicação desse caso. Fazem cinco anos que ele parou com essa venda (bicicleta usada) e alertou que é possível fazer essa compra exigindo a nota fiscal com os dados da bicicleta vendida, número do aro, marca etc. Recibo não vale, é nota fiscal. Ao comentar, junto com sua mulher um pouco mais exaltada com o assunto, chegamos no ponto de que querer resolver o problema do consumo pode tocar na ferida do roubo.
A sincronicidade bateu na porta com os gritos de um menino pedindo socorro ao tentar se soltar de um rapaz. O Teixeira tentou fechar a porta, não alcançou, saimos para ver o acontecido. Um homem com roupa da empresa deixou o menino que gritava socorro dentro da loja, eles se conheciam da comunidade onde moram. O menino nos contou que ele tentava se soltar de um grupo de meninos que moravam ali perto que fumando um baseado passaram olhando para ele e pediram seu celular com a fala e agressão.
Com a camisa do São Paulo, um boné que têm o formato do estado bordado, o rosto vermelho e inchado, ele tremia ligando para o irmão ir buscá-lo. Lembrei que tinha mesmo sentido o cheiro da maconha. Ficamos ouvindo a minha mãe e a mulher do dono da bicicletaria indignadas com a violência. O Teixeira olhou nos meus olhos e disse: "Viu, o que a gente tava falando?" e foi para o telefone.
Na volta para casa tentei parar um carro por causa da lei do pedestre na faixa, levei um grito dele e um da minha mãe, preciso ler melhor sobre essa lei se ela está acima do farol, ai o preço podia ter sido caro. Encontramos a mãe de um ex colega de escola, que demorou pra me reconhecer. Fiz um caminho diferente do da minha mãe só para andar entre as faixas de pedestre e quando chegou na frente do prédio atravessei fora da faixa.
Lembrei da reportagem que vi no SPTV falando sobre o atraso da construção de uma passarela e o perigo que essa comunidade corre atravessando as vias sem segurança. Gosto de pensar que sendo nóia com o pouco que sei sobre ser cidadão pode ajudar o andamento da civilização.
Fui checar o preço e pude refletir profundamente sobre a consciência coletiva. To pagando pra ver e nem sei o valor, só sei que é benção do Senhor. Poder estudar com mamãe que é o amor por todo irmão. A lógica é clara pra pouco pensador de que vale atitude sem o professor? Agradeço a Deus por me amostrar a vossa estrada e me doutrinar. A mente não para e a saudade é gritante, e tudo isso por ser um amante. Limpai a mentira de nossos valores, mostrai a riqueza que só juntos somos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

The new generation

E-mail que recebi:

DESABAFO
Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
(Agora que voce já leu o desabafo, envie para os seus amigos que têm mais de 50 anos de idade... )
E para os que tem menos aprenderem também